A cidade de Helsínquia, capital da Finlândia, é a maior cidade e o centro financeiro, económico, tecnológico e cultural do país. Com cerca de 600 mil habitantes, a capital finlandesa é hoje um dos principais pólos de desenvolvimento da região do Báltico e da Escandinávia.
A economia da Finlândia é dominada pelo sector dos serviços, da construção e da reparação naval e pelo sector público, sendo que cerca de um terço do produto interno produto finlandês é gerado na área metropolitana de Helsínquia.
Fundada em 1550 pelo rei sueco Gustav Vasa, Helsínquia foi um importante entreposto comercial que competia com Tallinn, à época sob domínio dinamarquês. Em 1809, a Finlândia foi anexada pela Rússia, e em 1812 a capital do país transferiu-se da cidade de Turku para Helsínquia. A partir desta data, a cidade foi sendo reconstruída segundo o estilo da cidade russa de São Petersburgo, através dos arquitetos Johan Albrecht Ehrenström e Carl Ludwig Engel.
Itinerário
Um passeio pelas ruas pode iniciar-se em Erotajja, uma praça que é um dos principais pontos de encontro dos habitantes locais. Não longe da praça, encontra-se a estação de comboios (Rautatieasema) com uma imponente fachada.

Rautatieasema – Helsínquia
Seguindo pela Esplanadi a partir de Erotajja, uma das ruas mais famosas de Helsínquia, pode apreciar diversas boutiques e cafés até desembocar na zona do porto, onde encontrará a Praça do Mercado (Kauppatori), a atração mais famosa da cidade.
A arquitetura desempenha um papel fulcral na vida de Helsínquia. O arquiteto alemão Carl Ludvig Engel foi um dos responsáveis pela paisagem urbana da capital finlandesa com a sua marca neo-clássica que se reflete na Praça do Senado, rodeada pelo Palácio Governamental, ou pela Catedral Luterana de São Nicolau terminada em 1852 (não muito distante do Kauppatori). O objetivo era construir uma São Petersburgo em miniatura.

Catedral Luterana – Helsínquia
A Art Noveau, que teve em Eliel Saarinen o seu principal precursor, também se encontra presente em muitos edifícios construídos no início do século passado, nomeadamente nos bairros de Katajanokka e Ullanlinna, um pouco mais distantes do centro.
Mas sem dúvida que o nome de Alvar Aalto, pai do funcionalismo, foi aquele que ao longo dos anos gerou maior controvérsia nos habitantes da cidade. A sua visão, arrojada para a época, procurava cortar com o passado através de novas interpretações da paisagem urbana, e está patente no centro de congressos de Helsínquia, Finlandia Hall.
Símbolo da presença russa, a catedral ortodoxa Uspenski situada na pequena ilha de Katajanokka, com a sua fachada em tijolo vermelho em estilo bizantino, é outra das marcas da cidade. A Tempeliaukio, situada no bairro de Töolö, é também uma igreja a visitar pela sua singularidade – trata-se de uma edificação escavada em rocha granítica.

Catedral Uspenski – Helsínquia
Um dos locais mais bonitos de Helsínquia é Seurasaari, uma pequena ilha a noroeste da cidade, onde pode encontrar uma grande variedade de fauna e flora e um museu ao ar livre com réplicas de construções antigas em madeira, que procuram demonstrar as tradições e o modo de vida das populações locais de outrora.
Na ilha de Suomenlinna, pode passar um belo dia ao ar livre e aproveitar para visitar as ruínas da fortaleza, erigida em 1748, e declarada Património da Humanidade pela UNESCO em 1991. Com uma área verde imensa, cafés, restaurantes, museus e espaços de lazer, esta ilha é o lugar ideal para locais e turistas em busca do contacto com a natureza.
Suomenlinna esteve sob influência sueca entre os séculos XIV e XIX até à conquista russa em 1809, tendo sido um grão-ducado até 1917. A entrada na ilha é grátis. O modo mais económico de a visitar é apanhando o ferry HKL a partir da Praça do Mercado. O bilhete, de ida e volta, custa cerca de 4 euros e é válido durante 12 horas. A viagem demora cerca de 20 minutos.

Principais atrações em Helsínquia
Circular na cidade
Para circular em Helsínquia, a melhor opção é utilizar os eficientes transportes públicos (elétrico, autocarro e metro) e adquirir o Helsinki Card com acesso ilimitado nos transportes durante 24, 48 ou 72 horas e descontos em museus e restaurantes. O cartão custa 36 euros (24 horas), 48 euros (48 horas) e 72 euros (72 horas).
Para ter uma panorâmica das principais atrações da cidade, sem gastar muito dinheiro, apanhe os elétricos 3B e 3T. Em todo o caso, tendo em conta a dimensão, a configuração da cidade, com uma concentração das atrações turísticas em torno do Kauppatori, andar a pé pode até ser a melhor opção.

Elétrico nº 3 – Helsínquia
Principais museus
A nível cultural, o destaque vai para o Museu Nacional da Finlândia, onde pode encontrar uma vasta colecção de objectos etnológicos desde a idade pré-histórica até aos dias de hoje. O próprio edifício que alberga o museu é uma atração turística pela sua arquitectura romântica e neo-medieval.
O Museu da Cidade mostra a história dos últimos 500 anos da capital finlandesa. A Galeria Nacional da Finlândia é outra das atrações, sendo constituída por três museus: o museu dedicado à arte finlandesa (Ateneum), à arte clásica europeia (Sinebrychoff) e o museu de arte moderna (Kiasma) projetado pelo arquiteto Steven Holl.
Festivais
No verão, durante o mês de agosto, decorre o Festival Anual de Helsínquia dedicado às artes e à cultura, e durante o inverno, normalmente em novembro, decorre o “Valon Voimat” (Força das Luzes) que corresponde a uma mostra de arte pública, cinema, música e artes performativas em diferentes pontos da cidade.