Estrategicamente localizada no mar Mediterrâneo, a sul da Sicília, a nordeste da Tunísia e a oeste da cidade de Alexandria no Egipto, Malta forma um arquipélago por onde passaram inúmeros povos, incluindo fenícios, romanos, árabes, normandos, aragoneses, franceses e britânicos.
A mistura de culturas está presente nos locais e nos edifícios históricos, na língua – o maltês, que soa a árabe, salpicado de palavras italianas, francesas e inglesas -, e na cozinha, com sabores da Sicília e do Médio Oriente, fazendo uso de ingredientes locais como o mel.
Uma das vantagens de ser um dos mais pequenos países da Europa (embora um dos mais densamente povoados) é que não se perde tempo em grandes deslocações. As distâncias são curtas, e em nenhum outro local da Europa existe uma tão grande concentração de locais históricos, templos megalíticos, praias, resorts turísticos, bares e restaurantes.
1. Valletta
A capital Valletta é o ponto de partida para uma visita a Malta. O centro desta cidade-museu, com uma concentração de mais de 300 monumentos numa pequena área, é Património Mundial da UNESCO.
A melhor forma de conhecer Valletta é perder-se na suas ruelas estreitas e íngremes. A avenida da República é a principal rua da cidade, que conduz ao Forte de S. Elmo e onde todas as ruas laterais desembocam. As praças foram pensadas como ponto de encontro dos soldados em caso de ataque. A mais famosa é a Piazza Regina (também conhecida como Praça da República), com edifícios barrocos e vários cafés com esplanadas.
O Grande Porto é também de visita obrigatória, assim como os albergues, marcas da presença dos Cavaleiros da Ordem de São João. O mais impressionante é o Albergue de Castela, que é hoje a residência oficial do primeiro-ministro de Malta.

Catedral de S. João
Esta é uma lista não exaustiva de alguns dos monumentos a visitar em Valletta:
- Portas da Cidade
- Memorial do Sino
- Catedral de S. João
- Muralhas de Valletta
- Albergue de Castela
- Il-Mandragg
- Palácio do Grão-Mestre e Arsenal
- Igreja do Naufrágio de S. Paulo
- Forte de S. Elmo
- Salas de Guerra de Lascaris
- Jardins de Hastings
- Jardins de Barrakka
2. Mdina e Rabat

Rua típica de Mdina
Localizada a 20 minutos de carro de Valletta, no ponto mais alto da ilha, Mdina foi outrora uma fortaleza, e a primeira capital de Malta na época medieval. Conhecida como a cidade silenciosa, Mdina caracteriza-se pelas ruas estreitas e sinuosas, que são uma marca da presença árabe. Foi, e ainda é, a cidade das famílias nobres maltesas, descendentes de normandos, sicilianos e espanhóis, que aqui construíram os seus palácios a partir do século XII.
A Catedral de S. Paulo é um edifício impressionante, com uma cúpula que se distingue à distância de vários pontos da ilha. Passear ao longo das muralhas permite apreciar a paisagem rural de Malta e, ao mesmo tempo, ficar com uma ideia de como era a cidade de Mdina na época medieval. Os carros não podem circular dentro da cidadela, mas existem parques situados próximo das Portas da Cidade.
Rabat é um subúrbio de Mdina, com um importante património cultural, que inclui sítios arqueológicos e históricos: a vila romana (Domus Romana), as catacumbas, a gruta de São Paulo e os diversos mosteiros e igrejas das ordens franciscana e dominicana.
3. Marsaxlokk

Vista de Marsaxlokk com os coloridos Luzzus
No sul da ilha de Malta, a cerca de meia hora de automóvel de Valletta, não deixe de visitar as vilas piscatórias de Marsaxlokk e Birzebbugia. A primeira é famosa pelo mercado de peixe ao domingo e pelos seus coloridos barcos, os Luzzu, com o olho de Osíris pintado na proa para proteger os pescadores no mar. Aproveite para se deliciar com uma mariscada.
4. Gruta Azul e Templos Megalíticos

Gruta Azul
A cerca de 20 minutos para oeste fica a Gruta Azul, onde é possível visitar de barco o conjunto de grutas, praticar desportos como o mergulho, o snorkeling e a escalada de falésia. Não muito distante, encontram-se alguns dos chamados templos megalíticos de Malta, com destaque para Hagar Qim, Mnajdra e Tarxien em excelente estado de conservação e que estão inscritos na lista de Património Mundial da UNESCO.
5. Gozo

Gruta de Calipso
Gozo é uma pequena ilha mas com muito para ver. A capital da ilha é Victoria, onde vale a pena passear pelas animadas ruelas da cidadela e apreciar a arquitectura. Fora da cidadela, o destaque vai para a basílica de São Jorge em estilo barroco.
Outros pontos de interesse na ilha de Gozo incluem os lavadouros de Fontana, os templos megalíticos de Ggantija e o Moinho de Takola, a pitoresca aldeia de Xlendi com uma baía ideal para nadar, mergulhar e apanhar sol, o Santuário de Ta’Pinu, e a gruta da Ninfa Calipso, onde, segundo reza a lenda, a ninfa manteve Ulisses cativo durante vários anos.
De Cirkewwa, no norte da ilha de Malta, apanhe o ferry até Mgarr em Gozo. A viagem dura cerca de 30 minutos, e o bilhete de ida e volta custa 4,65€. Consulte os horários actualizados. Tal como na ilha de Malta, pode utilizar o eficiente sistema de autocarros (mapa) ou alugar um carro para explorar a ilha de Gozo.
6. Comino

Lagoa Azul
Comino é uma ilha de 2,5 km por 1,5 km, uma reserva natural e um santuário de aves, sem carros, e onde existe apenas um hotel (o Comino Hotel), uma pequena capela e uma torre de vigia construída pela Ordem de Malta no século XVII. Mesmo que não fique na ilha, não deixe de fazer um passeio de um dia à Lagoa Azul e de aproveitar as águas transparentes de cor azul-turquesa, ideais para ir a banhos e fazer mergulho.
Existem vários ferries que fazem a ligação a partir de Marfa e Cirkewwa em Malta e do porto de Mgarr em Gozo. O serviço é disponibilizado por diversos operadores, mas o Captain Morgan é provavelmente o mais conhecido.