A Jordânia é um destino de paisagens de deserto inspiradoras, cidades e aldeias históricas, e diversos locais inscritos no Património Mundial da UNESCO. Um refúgio numa zona em conflito, a Jordânia continua a ser um dos países mais seguros para explorar o Médio Oriente.
Petra, as ruínas romanas em Jerash e na capital Amã, os castelos do deserto e o castelo de Karak são alguns dos locais emblemáticos deste país. A Jordânia é também a terra do Antigo e Novo Testamento, que incluem referências ao monte Nebo, do topo do qual Moisés avistou a Terra Santa, e ao local onde Cristo foi baptizado no rio Jordão.
Sem nunca esquecer a fascinante paisagem do deserto de Wadi Rum, conheça 10 razões para planear uma viagem à Jordânia.
1. Petra

Al Khazneh (Câmara do Tesouro)
Petra é considerada uma das Sete Maravilhas do Mundo. Capital do reino Nabateu antes de ser anexada ao Império Romano, esta antiga cidade foi a partir do domínio dos romanos progressivamente votada ao esquecimento pelo mundo ocidental. As suas ruínas foram redescobertas por arqueólogos europeus apenas no século XIX.
Hoje, é possível visitar este sítio arqueológico com entrada pelo Siq, como é conhecido o estreito corredor entre montanhas. No final do Siq, o “Tesouro” (Al Khazneh), que provavelmente terá sido um templo real ou um mosteiro, é uma das ruínas mais fascinantes de Petra. Outras ruínas de destaque são o Teatro Romano, o Mosteiro e a Avenida das Colunas. Uma caminhada até à montanha de Aaron é recompensada com as melhores vistas de Petra e desta magnífica arquitectura esculpida em pedra.
2. Wadi Rum

Deserto de Wadi Rum
Localizado no sul da Jordânia, o deserto jordano de Wadi Rum é um dos mais belos do Médio Oriente. A sua inscrição como Património Mundial da UNESCO explica-se tanto por razões naturais como culturais. Ao contrário dos tradicionais desertos de dunas, o deserto de Wadi Rum ostenta formações rochosas únicas, cobertas de tonalidades castanhas, cremes, e vermelhas, que alternam com gargantas e extensos vales.
Do ponto de vista cultural, para além de inscrições rupestres, existem referências a este deserto na Bíblia e no Corão. Já no início do século XX, Wadi Rum ficou associado ao oficial inglês, imortalizado como Lawrence da Arábia, que baseou a sua estratégia táctica para vencer o Império Turco Otomano na travessia deste deserto.
3. Mar Morto

Mar Morto
Apesar de o território jordano ser predominantemente continental, um pequeno pedaço faz fronteira com o mar Morto, alimentado pelo rio Jordão. Este lago salgado é não apenas o ponto mais baixo do planeta, 430 metros abaixo do nível médio da água do mar, como possui o maior grau de salinidade, dez vezes superior ao dos restantes oceanos.
O mar Morto é um destino ideal para descansar e recuperar forças. A água é riquíssima em minerais, e o elevado grau de salinidade permite boiar como em nenhum outro mar. Outra atração desta região é Al-Maghtas, um sítio arqueológico inscrito no Património da Humanidade da UNESCO. Localizado a cerca de 9 km a norte da costa do mar Morto, terá sido este o local onde Jesus foi baptizado por João Baptista.
4. Jerash

Templo de Artemis em Jerash
Considerada um dos membros mais bem preservados da Decapolis, um grupo de dez cidades greco-romanas na fronteira oriental do Império Romano, Jerash surge em segundo lugar na lista dos locais de maior importância histórica e cultural da Jordânia, apenas ultrapassado por Petra.
Os principais destaques das ruínas de Jerash são o Arco de Adriano, construído em 129 d.C. por ocasião da visita do imperador à cidade, e o hipódromo, palco de acontecimentos desportivos e espectáculos de gladiadores. O Museu Arqueológico de Jerash é um excelente ponto de partida para compreender a ascensão e história deste local durante o Império Romano.
5. Amã

Cidadela em Amã
Numa visita à Jordânia, é incontornável uma passagem por Amã, a capital e a maior cidade do país, nem que seja como local de partida. Localizada entre o deserto e o fértil vale do rio Jordão, a cidade onde reside cerca de 50% da população do país oferce um misto de antigo e moderno.
Aqui, vai encontrar um conjunto de ruínas romanas, com destaque para o Teatro Romano. A Cidadela num dos pontos mais altos da cidade é outro dos locais a visitar, albergando o Templo Romano de Hércules e o Palácio Ummayad. A Mesquita El-Malek Abdullah com a sua cúpula azul-turquesa pode ser avistada de praticamente qualquer ponto da cidade.
6. Castelos do Deserto

Qasr Al Kharana, castelo do deserto próximo de Amã
Existe um grupo de edifícios do período pré-islâmico que pontilham o deserto a leste de Amã. A maioria destes chamados castelos datam dos séculos VII-VIII, construídos durante a dinastia Umayyad que governava a partir de Damasco. Eram utilizados como defesa mas também como retiro dos califas. Foi através desta rede de castelos que os Umayyads conseguiram sobreviver nas condições inóspidas do deserto.
Muitos destes castelos são hoje acessíveis de carro, e podem ser facilmente visitados num dia a partir de Amã. A volta pode incluir Qasr Kharana, um dos castelos mais conhecidos, Qasr Al-Hallabat, famoso pelos mosaicos e que inclui o balneário Hammam as-Sarah, e Qasr Amra, o mais conhecido pelas pinturas que representam cenas de caça, frutos e mulheres nuas.
7. Madaba

Pormenor dos mosaicos de Madaba
A apenas 35 km a sul de Amã, Madaba é conhecida como a cidade dos mosaicos por possuir o mais antigo mapa da Terra Santa feito de mosaicos bizantinos. O mapa, com mais de dois milhões de mosaicos, pode ser encontrado a cobrir o chão da igreja ortodoxa de São Jorge. A história de Madaba está exposta no parque arqueológico e no museu. A torre do sino da igreja de São João Baptista oferece excelentes vistas da cidade.
8. Monte Nebo

Vista do Monte Nebo
Localizado a noroeste de Madaba, o monte Nebo é um importante marco religioso. A referência bíblica identifica-o como o local de onde Moisés avistou a Terra Prometida e onde morreu sem a alcançar. Quem subir os 817 metros de altitude, é recompensado por vistas magníficas do rio Jordão, do mar Morto, da cidade de Jericó e de Jerusalém em dias de céu limpo.
Para além da vista, no topo também existem vestígios de uma igreja, construída no século IV para assinalar o local da morte de Moisés, e mais tarde transformada em basílica bizantina.
9. Al-Karak

Vista do castelo de Al-Karak
A cidade de Al-Karak, ou apenas Karak, está localizada a sul de Amã, sendo conhecida pelo seu castelo datado do século XII, um dos maiores que serviu as cruzadas no Levante. No século XIX, durante o Império Otomano, o castelo voltou a ter um papel importante graças à sua posição estratégica entre a Península Arábica, o Egipto e a Síria. Com vista para o mar Morto, a cidade de Karak está construída numa planície triangular com o castelo no estreito topo sul. Na parte inferior do castelo, o museu arqueológico explica a história da cidade e do edifício.
10. Aqaba

Recife de corais em Aqaba
Para além do mar Morto, a outra frente de água na Jordânia encontra-se em Aqaba no mar Vermelho, localizado no extremo sul do país. Aqaba é a única cidade portuária do país. As praias de areia fina e os recifes de coral oferecem uma alternativa às cores quentes e ao calor opressivo do deserto, atraindo amantes do mergulho. A cidade possui um forte do século XIV que contrasta com resorts de 5 estrelas que estão entre os mais luxuosos do mundo.